A fintech brasileira Méliuz (B3: CASH3) está avançando em sua estratégia de integrar o Bitcoin (BTC) como elemento central de sua gestão financeira. Após adquirir 45,72 BTC por aproximadamente US$ 4,1 milhões em março de 2025, a empresa convocou uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para 6 de maio, na qual os acionistas votarão a proposta de alterar o objeto social da companhia para incluir investimentos em Bitcoin como parte de sua estratégia de negócios.
Estratégia de tesouraria e objetivos
A proposta visa adotar o Bitcoin como principal ativo estratégico da tesouraria da empresa, buscando fomentar a geração incremental de Bitcoin para os acionistas, seja por meio da geração de caixa operacional ou por eventuais operações financeiras e iniciativas estratégicas. A empresa destaca que seu core business permanecerá inalterado, com a geração de caixa das operações sendo fundamental para a estratégia de adquirir mais Bitcoin ao longo do tempo.
Inspiração na estratégia da MicroStrategy
A iniciativa do Méliuz é inspirada na estratégia adotada pela empresa americana MicroStrategy, que transformou o Bitcoin em pilar central de sua tesouraria. Desde 2020, a MicroStrategy acumulou mais de 531 mil BTC, posicionando-se como uma das maiores detentoras corporativas da criptomoeda.
Reações do mercado e perspectivas
A aquisição inicial de Bitcoin pelo Méliuz resultou em uma valorização significativa das ações da empresa, com alta de mais de 20% no pregão seguinte ao anúncio. No entanto, analistas expressaram cautela quanto à estratégia, questionando sua coerência com os objetivos operacionais da companhia.
Conclusão
A proposta do Méliuz de integrar o Bitcoin como principal ativo estratégico de sua tesouraria representa um movimento ousado no cenário corporativo brasileiro. A decisão dos acionistas na AGE de 6 de maio será determinante para o futuro da empresa e poderá influenciar outras companhias a considerar estratégias semelhantes.