A mineração de Bitcoin atingiu um novo patamar de consumo energético, ultrapassando o uso anual de eletricidade de países inteiros, como a Polônia. De acordo com o Cambridge Bitcoin Electricity Consumption Index (CBECI), a rede Bitcoin consome aproximadamente 175,87 terawatts-hora (TWh) por ano, enquanto a Polônia, com cerca de 38 milhões de habitantes, consome cerca de 158 TWh anualmente .
Impactos ambientais e preocupações globais
Esse elevado consumo de energia levanta preocupações ambientais significativas. Grande parte da eletricidade utilizada na mineração de Bitcoin provém de fontes fósseis, aumentando as emissões de carbono e contribuindo para as mudanças climáticas . Além disso, a mineração de Bitcoin gera uma quantidade considerável de resíduos eletrônicos, estimada em 46,92 mil toneladas por ano, equiparando-se ao lixo eletrônico de equipamentos de TI de países como os Países Baixos .
Comparação com sistemas tradicionais de pagamento
A comparação com outros sistemas de pagamento destaca ainda mais o impacto ambiental do Bitcoin. Uma única transação de Bitcoin consome cerca de 1.277,28 kWh, equivalente ao consumo de energia de uma residência média nos EUA por aproximadamente 44 dias. Em contraste, a Visa, uma das maiores redes de pagamento do mundo, consome significativamente menos energia por transação.
Caminhos para a sustentabilidade
Apesar das críticas, há esforços na indústria para tornar a mineração de Bitcoin mais sustentável. Estudos indicam que a mineração de Bitcoin pode impulsionar a transição para energia renovável, atuando como um comprador flexível para instalações de energia eólica e solar, cujos tempos de pico de produção nem sempre correspondem aos períodos de pico de demanda . Além disso, a mineração de Bitcoin pode fornecer receita durante a fase de desenvolvimento pré-comercial de fazendas eólicas ou solares, ajudando a financiar novos projetos de energia renovável.
Conclusão
O consumo de energia da mineração de Bitcoin ultrapassando o de países como a Polônia destaca a necessidade urgente de soluções mais sustentáveis. Enquanto a indústria busca alternativas e melhorias, o debate sobre o impacto ambiental das criptomoedas continua sendo um tema central nas discussões sobre o futuro da tecnologia blockchain.