A Orange BTC, nova empresa controlada pelo grupo Itaú, anunciou planos ambiciosos para se tornar referência em reserva de valor com Bitcoin no Brasil, inspirando-se na estratégia global da MicroStrategy. Segundo informações divulgadas, a companhia pretende adquirir até US$ 210 milhões em Bitcoin nos próximos anos, estabelecendo-se como a primeira grande corporação brasileira a adotar uma política institucional de compra regular e holding de BTC como ativo estratégico de longo prazo.
Estratégia de tesouraria inspirada na MicroStrategy
A Orange BTC foi criada com o objetivo claro de posicionar o Bitcoin como principal ativo de reserva, replicando o modelo adotado pela norte-americana MicroStrategy, que desde 2020 vem acumulando bilhões em BTC como parte central de sua estratégia financeira. No caso brasileiro, a iniciativa marca um passo inédito entre grandes empresas listadas na bolsa, refletindo o crescente interesse institucional por ativos digitais.
Segundo fontes ligadas ao grupo Itaú, a aquisição dos US$ 210 milhões em Bitcoin deve ocorrer de forma gradual, seguindo critérios de liquidez, governança e segurança robustos, com custódia especializada e transparência total para o mercado.
Objetivo: reserva de valor e proteção patrimonial
A principal motivação da Orange BTC é consolidar o BTC como uma proteção de longo prazo contra inflação, desvalorização cambial e incertezas macroeconômicas – fatores que historicamente impactam a economia brasileira. A estratégia prevê, além da compra direta de Bitcoin, a possibilidade de investir em outros ativos digitais no futuro, caso o arcabouço regulatório avance.
Impacto para o mercado brasileiro
A iniciativa da Orange BTC pode abrir caminho para que outras empresas brasileiras – especialmente grandes corporações e instituições financeiras – considerem o Bitcoin como parte de suas reservas, mudando o perfil do mercado institucional de criptoativos no país. O movimento também é visto como um marco para a legitimidade e aceitação do BTC enquanto reserva de valor, especialmente em um ambiente de maior clareza regulatória esperada para 2025.
Conclusão
Ao anunciar um plano de compra de US$ 210 milhões em Bitcoin e assumir publicamente o papel de “MicroStrategy brasileira”, a Orange BTC sinaliza um novo capítulo para o mercado de criptomoedas institucional no Brasil. Com apoio do Itaú e inspiração global, a empresa coloca o país em destaque no cenário internacional de ativos digitais.