Na segunda semana de setembro, os ETFs de Bitcoin, Ethereum e Solana registraram entradas líquidas de aproximadamente US$ 3,3 bilhões. O destaque ficou para a Solana, que alcançou o maior fluxo diário de sua história, em torno de US$ 145 milhões. Para o investidor brasileiro, o movimento sinaliza retomada do apetite por risco em cripto às vésperas da decisão de juros do Federal Reserve.
O protagonismo da semana foi a Solana. Além do fluxo semanal expressivo, o recorde de captação em apenas um dia reforça a força da narrativa de ecossistema de alta performance, com foco em DeFi, memecoins e soluções de pagamentos. Entradas consistentes desse porte tendem a ampliar a liquidez do ativo e a reduzir sua sensibilidade a vendas pontuais, o que pode suavizar a volatilidade de curto prazo e sustentar movimentos de valorização.
Bitcoin e Ethereum também apresentaram resultados positivos. A retomada das compras por investidores institucionais, via veículos regulados, elevou o patrimônio sob gestão (AUM) para níveis próximos do recorde histórico. Para o mercado brasileiro, isso traz dois efeitos práticos:
- maior profundidade de mercado, o que comprime spreads e melhora a execução de ordens;
- presença de capitais institucionais com horizonte de longo prazo, fator que reduz a probabilidade de quedas abruptas sem fundamentos.
No curto prazo, o foco está na reunião do Banco Central dos Estados Unidos. Caso o Fed sinalize cortes de juros ainda em setembro, o apetite por risco pode ganhar tração, favorecendo ativos de maior beta, como a própria Solana. Por outro lado, se o discurso vier mais duro (hawkish), pode haver rotação de capitais de altcoins para Bitcoin, em busca de maior segurança.
Para o investidor local, uma estratégia possível nesse cenário é dividir a exposição: manter parte em BTC, que captura melhor o movimento macro, e alocar outra parte em setores temáticos com fluxos fortes — como Solana e DeFi. O uso de stops técnicos abaixo de suportes relevantes pode ajudar a equilibrar risco e oportunidade.
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