O Banco Central do Brasil (BCB) e o Banco Popular da China (PBoC) assinaram um acordo de swap cambial que permite a troca direta entre o real e o yuan, sem a necessidade de conversão pelo dólar americano. O pacto, formalizado em 12 de maio de 2025, estabelece um limite de R$ 157 bilhões para as operações e tem validade de cinco anos.
Objetivos e Implicações do Acordo
O principal objetivo do acordo é fornecer liquidez para facilitar o funcionamento dos mercados financeiros em caso de necessidade. Além disso, a parceria visa fortalecer o comércio bilateral entre Brasil e China, permitindo transações mais eficientes e menos dependentes do dólar.
Possível Impulso para o Drex e o Yuan Digital
Embora o acordo não mencione explicitamente o uso de moedas digitais, especialistas apontam que a parceria pode abrir caminho para a adoção do Drex, a moeda digital brasileira, e do Yuan Digital em transações internacionais. O Brasil já realizou testes com o Yuan Digital em 2023, marcando a estreia da moeda chinesa no continente americano.
O Drex, por sua vez, está em fase de testes e utiliza a plataforma Hyperledger Besu, baseada no Ethereum. A interoperabilidade entre o Drex e o Yuan Digital poderia facilitar transações mais rápidas e seguras entre os dois países.
Contexto Global e Estratégico
A China já possui acordos semelhantes com cerca de 40 bancos centrais ao redor do mundo, incluindo países como Canadá, Chile, África do Sul, Japão e a zona do Euro. A parceria com o Brasil reforça a estratégia chinesa de promover o uso do Yuan Digital e reduzir a dependência do dólar em transações internacionais.
Para o Brasil, o acordo representa uma oportunidade de modernizar seu sistema financeiro e fortalecer sua posição no comércio internacional. A adoção do Drex em transações internacionais poderia aumentar a eficiência e a segurança das operações, além de promover a inclusão financeira.
Conclusão
O acordo entre o Banco Central do Brasil e o Banco Popular da China marca um passo significativo na cooperação financeira entre os dois países. Além de facilitar o comércio bilateral, a parceria pode impulsionar o uso de moedas digitais como o Drex e o Yuan Digital, promovendo uma maior integração econômica e financeira entre Brasil e China